Estudantes de medicina são acusadas de zombar de paciente: 'Tá achando que tem 7 vidas'
Evelyn Mendes / Redação RedeTV!Jovem de 26 anos foi exposta nas redes antes de morrer; família cobra justiça
(Foto: Reprodução/Redes Sociais)
Um vídeo gravado por duas estudantes de medicina e divulgado em uma rede social causou indignação após viralizar e supostamente expor detalhes do estado de saúde da paciente Vitória Chaves da Silva, de 26 anos, que estava internada no Instituto do Coração (Incor) do Hospital das Clínicas da USP. Nove dias depois da publicação, em 28 de fevereiro, Vitória morreu devido à insuficiência renal e choque séptico.
Na gravação, feita em 17 de fevereiro, as alunas comentam de forma sensacionalista que a jovem teria passado por três transplantes de coração. “Uma pessoa passar por um transplante três vezes, isso é real e aconteceu aqui no Incor”, diz uma delas, Thaís Caldeiras.
A outra estudante, Gabrielli, sugere que Vitória teria sido negligente com o tratamento após os procedimentos. “A segunda vez ela transplantou e não tomou os remédios... o corpo rejeitou. Agora transplantou de novo, aceitou, mas o rim não lidou bem com as medicações”, diz no vídeo. Thaís completa: “Essa menina tá achando que tem sete vidas.”
⏯️ Em hospital, alunas de medicina zombam de jovem transplantada 4 vezes
— Metrópoles (@Metropoles) April 8, 2025
Em postagem no TikTok, estudantes comentam caso de Vitória Chaves da Silva, de 26 anos, que acabou morrendo após 4 transplantes de órgãos
Leia: https://t.co/nOjEwkKhHD pic.twitter.com/e5OmWVFOJO
As falas geraram revolta na família de Vitória. A irmã, Giovana Chaves dos Santos, de 19 anos, relatou que a família foi alertada por um amigo que reconheceu a paciente nas imagens. A mãe, Cláudia Aparecida da Rocha Chaves, classificou as declarações como falsas: "Temos provas de que ela seguia o tratamento à risca", relatou.
Após tomar conhecimento da situação, a família registrou boletim de ocorrência e acionou o Ministério Público de São Paulo. O Incor, por sua vez, afirmou repudiar “veementemente” atitudes que violem a ética e a confidencialidade médica. A instituição também garantiu ao portal Metrópoles que está apurando o caso com rigor e que adotará todas as medidas cabíveis.
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