Parlamentares comentam operação da PF e medidas contra Jair Bolsonaro
Gabriel Anjos | Redação RedeTV!Tanto representantes da base do governo quanto da oposição se posicionaram em suas redes sociais
(Foto: Reprodução/TV Justiça)
Parlamentares se pronunciaram nesta sexta-feira (18) sobre a operação da Polícia Federal (PF) que determinou restrições ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), entre elas o uso de tornozeleira eletrônica, o recolhimento domiciliar noturno e a proibição de acesso às redes sociais. As reações foram publicadas nas redes sociais por integrantes tanto da base governista quanto da oposição.
A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) foi motivada por um mandado da Polícia Federal, com parecer favorável da Procuradoria-Geral da República. Bolsonaro é investigado por coação no curso do processo, obstrução da Justiça e atentado contra a soberania nacional.
A deputada Talíria Petrone (PSOL-RJ) escreveu em suas redes que Bolsonaro “está pagando o preço por ser um traidor da pátria e golpista”. Em sua publicação, destacou que o ex-presidente será monitorado por tornozeleira eletrônica, terá acesso às redes sociais bloqueado e estará impedido de se aproximar de embaixadas estrangeiras.
Já o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do partido na Câmara, considerou a decisão injusta.“Colocaram tornozeleira em Bolsonaro. Mas não há crime, não há relatos, não há prova. Só há um ‘delito’: enfrentar o sistema”, escreveu. Ele ainda afirmou que as restrições impostas são uma “tentativa desesperada de calar quem ainda representa milhões”.
A deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) também se manifestou, afirmando que “o cerco vai se fechando, o grande dia está cada vez mais próximo. Que venha a prisão e esse bandido responda por todos os crimes que cometeu contra o Brasil e os brasileiros!”.
Por outro lado, o deputado Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP) criticou duramente as medidas, chamando as decisões do ministro Alexandre de Moraes de “criminosas e absurdas”. Ele questionou o uso de tornozeleira, o veto às redes sociais e a restrição de contato com o filho, o deputado Eduardo Bolsonaro. “O sistema continua sua perseguição contra o maior líder da direita no hemisfério sul e tudo isso tem que acabar!”, concluiu.
Outros parlamentares da oposição também classificaram as decisões como autoritárias e desproporcionais. O deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS) declarou: “É uma vergonha para o Brasil. Bolsonaro está sendo tratado como um criminoso perigoso, enquanto corruptos e delinquentes são soltos e aplaudidos. Estamos vivendo uma caça às bruxas promovida por um Judiciário que perdeu completamente os limites”.
O deputado Coronel Tadeu (PL-SP) afirmou que o tratamento dado ao ex-presidente seria inaceitável em qualquer democracia: “O que estão fazendo com Bolsonaro é desumano e ilegal. Essas medidas violam seus direitos fundamentais. Ele está sendo punido sem processo, sem julgamento, apenas por ser quem é. O Judiciário virou instrumento de vingança política”.
Para o deputado Capitão Alberto Neto (PL-AM), o país atravessa um momento de ruptura institucional. “Bolsonaro é vítima de um sistema que não tolera oposição. Impor tornozeleira, censura e toque de recolher a um ex-presidente sem condenação é ditadura escancarada. O povo está vendo e não vai aceitar calado esse abuso”.
Em sequência, o deputado Rodrigo Valadares (União-SE) fez um apelo ao Congresso e à população: “Chegamos ao fundo do poço institucional. As perseguições ao presidente Bolsonaro são uma vergonha internacional. Essa decisão de Moraes é humilhante, arbitrária e totalmente desprovida de base legal. É hora do Congresso reagir e pôr fim a esse ciclo de autoritarismo. A democracia está sendo sufocada”.
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