Rapper foi entrevistado e falou sobre críticas e homenagem ao traficante, preso desde 1996

(Foto: Divulgação/Record)

O rapper carioca Oruam foi entrevistado pelo jornalista Roberto Cabrini no Domingo Espetacular, da TV Record, neste domingo (30). Durante a conversa, o cantor abordou diversos aspectos de sua vida pessoal e profissional, com destaque para sua relação com o pai, Marcinho VP, reconhecido como um dos líderes do Comando Vermelho e preso desde 1996.

Oruam destacou a importância de Marcinho VP em sua vida, descrevendo-o como "um ótimo pai, um exemplo de pai para mim. Meu tudo", disse ele. Em seguida, revelou que o pai sempre tentou afastá-lo do ambiente das favelas e do mundo do crime: "Tentou esconder a gente o tempo todo da favela, do morro... pra gente olhasse aquilo e não quisesse isso pra gente."

O cantor também comentou sobre sua decisão de homenagear o pai em apresentações públicas, como no Lollapalooza 2024, onde vestiu uma camiseta com a imagem de Marcinho VP e a palavra "liberdade" — atitude que gerou polêmica na web. "Se meu pai não tem voz, eu vou fazer uma música para os presos, para que eles tenham voz. Nunca vou parar. Se eu parar, eu me vendo. E eu não pretendo."

Além disso, o rapper falou sobre a polêmica em torno do projeto de lei apelidado de "Lei Anti-Oruam", que busca proibir contratações de artistas cujas músicas possam ser interpretadas como apologia ao crime. Ele argumentou que sua arte reflete a realidade das comunidades e não deve ser censurada: "Eu canto a realidade da favela, é por isso que eles se identificam comigo."

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