“Começou reclamando do tamanho do meu shorts”, expôs Giulia Costa

(Foto: Reprodução/Redes Sociais)

[Alerta de gatilho: este texto aborda tópicos sensíveis, como a violência doméstica e a violência contra mulheres. Caso você ou alguém que você conheça esteja passando por essa situação, não hesite em denunciar! Disque 180]

Giulia Costa, filha de Flávia Alessandra, contou que foi vítima de violência doméstica em um relacionamento no passado. A jovem de 25 anos disse que demorou para reconhecer a agressão, mas que o ex-namorado já apresentava sinais de comportamento abusivo antes mesmo do episódio.

"Eu passei por um relacionamento em que ele me agrediu fisicamente, foi um tapa no rosto. E graças a Deus eu consegui sair disso logo. Começou muito antes, né? Começou com ele reclamando do tamanho do meu short, enfim, começa muito antes", expôs Giulia durante o podcast ‘Pé no sofá Pod’, apresentado por ela ao lado da mãe.

A atriz relatou que, quando a agressão aconteceu, hesitou em entendê-la como tal. "Eu tenho todo o conhecimento, todo o acesso, todas as ferramentas, digamos assim, que se precisa. Mas mesmo assim, eu fiquei nesse lugar de: 'Ah, não foi uma agressão, não foi uma violência doméstica, porque foi um tapa'. É muito doido isso".

A fala foi completada pela jornalista Ana Paula Araújo, convidada do programa e autora de livros sobre violência contra as mulheres no Brasil. “Reconhecer que é uma violência é muito duro. Você tende a minimizar: ‘Não é tão grave assim’”.

Giulia admitiu que, na época, sentiu muita vergonha de si. Ela ainda relembrou a reação de Flávia quando soube que a filha tinha sido agredida. "Eu lembro que quando eu contei pra minha mãe... Eu lembro que ela falou: ‘Nossa, eu te criei a vida inteira sem nunca levantar a mão pra você’. E aí eu lembro que ela falou assim pra mim: ‘Nossa, minha vontade era te colocar de volta dentro da minha barriga’. Isso ficou muito [marcado] para mim".

Ana Paula Araújo, então, ressaltou a importância de depoimentos como o de Giulia Costa. "Quando você, que é uma menina, uma pessoa pública, fala sobre isso, quando você fala sobre a história do tapa, da agressão, da exposição, você tá libertando um monte de gente", comentou a jornalista, referindo-se ao impacto do relato para incentivar outras mulheres vítimas de violência doméstica a denunciarem seus agressores.

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