24/03/2025 19:58:00 - Atualizado em 24/03/2025 20:02:00

Carla Zambelli afirma que pedido de vistas de Nunes Marques pode salvar seu mandato

Ana Souza / Redação RedeTV

Gilmar Mendes disse que o porte de arma não justifica a perseguição de pessoas em vias públicas

(Foto:Reprodução/Agência Brasil)

A deputada Carla Zambelli (PL-SP), acusada de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal, afirmou que o pedido de vistas do ministro Kassio Nunes Marques, no Supremo Tribunal Federal (STF), lhe trouxe “esperança” de que seu mandato na Câmara não seja cassado. O caso, que já conta com o voto favorável de cinco ministros pela condenação da deputada, está sendo acompanhado com atenção pela defesa da parlamentar.

De acordo com os advogados de defesa de Zambelli, o pedido de vistas foi ressaltado como uma oportunidade importante, acreditando que ele proporcionará mais tempo para que os ministros avaliem o processo com maior cuidado. “Esperamos que, tanto o Ministro Kassio Nunes Marques quanto os demais ministros, possam analisar minuciosamente o caso e revisar o voto condenatório proferido pelo Ministro Relator”, afirmou a defesa.

O processo se refere a um incidente ocorrido em outubro de 2022, quando Zambelli sacou uma arma e perseguiu o jornalista Luan Araújo, em São Paulo. A acusação alega que a deputada agiu de forma ilegal ao sacar a arma em plena via pública e constranger o jornalista, que, segundo Zambelli, estaria armado. A defesa argumenta que ela agiu no direito de se proteger e conter o que acreditava ser uma ameaça.

No julgamento, o ministro relator, Gilmar Mendes, votou pela condenação da deputada a cinco anos e três meses de prisão, além da perda do cargo público. Este voto foi seguido pelos ministros Cármen Lúcia, Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin. A defesa de Zambelli, por sua vez, sustenta que o ato foi cometido em legítima defesa, em um contexto de discussão política, o que acabou resultando na perseguição.

Gilmar Mendes, em seu voto, ressaltou que o porte de arma não justifica ações como a perseguição de pessoas em vias públicas, especialmente quando a integridade física da deputada ou de terceiros não estava em risco. O ministro ainda considerou a ação criminosa, configurando o porte ilegal de arma.

O julgamento, que teve início nesta segunda-feira (24), segue com a expectativa de que o pedido de vistas do ministro Nunes Marques proporcione mais tempo para que o STF conclua a decisão.

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