01/05/2025 15:05:00

Ex-motorista que sequestrou ônibus em SP enfrentava dívidas e separação

Evelyn Mendes - Redação RedeTV!

Suspeito manteve refém por mais de duas horas e foi preso após negociações

(Foto: Reprodução/Redes Sociais)

Um ex-funcionário de uma empresa de transporte coletivo manteve um motorista de ônibus refém por mais de duas horas na Avenida José Pinheiro Borges, em Itaquera, zona leste de São Paulo, na noite desta quarta-feira (30). O sequestrador, identificado apenas como Adriano, de 36 anos, foi detido após negociação com o GATE (Grupo de Ações Táticas Especiais). A vítima saiu ilesa.

Segundo o comandante interino do GATE, Renato Marques Pavão, Adriano apresentava sinais de surto e teria sido motivado por uma série de problemas pessoais: o fim de um relacionamento, dificuldades financeiras, incluindo dívidas com um agiota e o recente desligamento do trabalho. “Ele pediu para sair da empresa há cerca de um mês. Não tinha antecedentes criminais. Mas relatava sofrimento emocional e pressão financeira”, explicou Pavão em entrevista coletiva.

Adriano embarcou no ônibus da linha 407L-10 (Barro Branco – Guilhermina Esperança), operado pela empresa onde trabalhou, a Express Transportes Urbanos. Por volta das 17h40, ele sacou uma faca de cerca de 40 cm, ameaçou o motorista e obrigou que o coletivo seguisse por um trajeto diferente. Passageiros entraram em pânico, houve tumulto e todos foram liberados logo em seguida. Apenas o motorista foi mantido como refém.

“Ele colocou a faca muito próxima do motorista e exigiu que o ônibus fosse desviado. Após o desembarque dos passageiros, manteve a vítima sob ameaça dentro do veículo”, relatou Pavão.

Durante as negociações, a polícia cogitou que Adriano estivesse sob efeito de medicamentos ou entorpecentes, já que sua fala era desconexa. “Ele queria que suas reclamações tivessem visibilidade. Chegou a pedir a presença de um advogado. Também levamos ao local um ex-colega de trabalho, que atuava como fiscal, para tentar acalmá-lo”, disse o comandante.

O motorista, que também trabalhava na mesma empresa, não tinha ligação pessoal com o sequestrador. “A escolha foi aleatória. Ele reconheceu a linha pela cor do ônibus”, afirmou Pavão. Segundo ele, o refém estava visivelmente nervoso, com a faca constantemente próxima ao corpo.

Com a via interditada no sentido centro, atiradores de elite foram posicionados, mas não precisaram agir. Após cerca de duas horas e meia de tensão, a equipe do GATE conseguiu convencer Adriano a se entregar. Por volta das 20h, ele foi levado à delegacia e preso.

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