STF dá 48 horas para PGR se pronunciar sobre possível fuga de Bolsonaro à Argentina
Pedro Brum/Redação RedeTV!A Polícia Federal encontrou um rascunho, no celular do ex-presidente, com um pedido de asilo político
(Foto: José Cruz/Agência Brasil)
Nesta segunda-feira (25), o Supremo Tribunal Federal (STF) solicitou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste, no prazo de 48 horas, sobre um possível risco de fuga do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para a Argentina.
A investigação da Polícia Federal (PF) sobre uma eventual tentativa de fuga ganhou um novo capítulo na última semana, após indentificar no celular de Bolsonaro, um rascunho para pedir asilo político.
O documento levantou suspeitas e levou o ministro Alexandre de Moraes a determinar que a defesa do ex-presidente se pronuncie sobre o caso.
Para justificar, os advogados de Jair Bolsonaro se manifestaram na última sexta-feira (22), alegando que "o rascunho de pedido de asilo não pode ser considerado um indício de fuga".
“Parece claro que um rascunho de pedido de asilo ao presidente argentino, datado de fevereiro de 2024, não pode ser considerado um indício de fuga. Seria necessário avisar a Polícia Federal, especialmente ao setor de inteligência, que o processo criminal que originou as cautelares foi proposto um ano depois e, desde então, o ex-presidente compareceu a todos os seus atos, inclusive estando em sua residência quando determinado o uso de tornozeleira por Vossa Excelência”, justificou a defesa.
No entanto, a PGR tem até quarta-feira (27) para analisar os documentos da defesa e decidir se acata ou não as justificativas apresentadas.
A decisão de colocar o ex-presidente Jair Bolsonaro em prisão domiciliar foi tomada após a divulgação, nas redes sociais, de um vídeo gravado por seu filho, Flávio Bolsonaro.
A publicação ocorreu quando já estavam em vigor medidas cautelares impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Além da prisão domiciliar, Bolsonaro passou a ser monitorado por meio de uma tornozeleira eletrônica, conforme determinação da Justiça.
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